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Mundo em Xeque (Parte 1)
Mundo em Xeque (Parte 1)

Um breve olhar sobre os conflitos atuais e suas origens.

Os grandes conflitos bélicos por quais passaram a humanidade jamais se extinguiram. Na verdade de pouco tempo para cá costumamos presenciá-los de maneira mais constante.  A cada dia nos chegam uma enxurrada de informações a respeito destas guerras étnica, politico-religiosas, que tanto afetam pessoas de todas as partes do planeta. O mundo já não se configura da mesma forma desde o fim da URSS, em 1991 e principalmente a partir dos atentados terroristas de 2001.

De uma forma geral podemos afirmar que o mapa geopolítico mundial se encontra hoje em um polo cada vez mais competitivo por parte das grandes nações e blocos formados a fim de assegurar uma hegemonia mundial.

É evidente que nunca experienciamos outra guerra de extermínio de amplitude global após 1945. Porem, o fato é que não houve tréguas no que diz respeito ao enfretamento de povos e nações. A questão central é que estas maneiras belicosas como alternativa para a solução de conflitos acontecem em regiões localizadas, chamadas por alguns analistas de periferias do sistema do mundial.

Cotidianamente, das mais conhecidas até as mais remotas ou pouco faladas regiões do planeta, é quase de maneira incessante as angustias e o sofrimento dos habitantes destes lugares onde a paz nunca se estabeleceu. Serão apresentados aqui, de maneira geral, alguns dos conflitos que permanecem ou então jamais foram esquecidos, visto que suas consequências são devastadoras.

Recentemente, o Oriente Médio “ressurge” com maior força do que nunca nos programas televisivos, devido a Guerra Civil na Síria, aos últimos acontecimentos chocantes entre Israel e a Palestina em Julho de 2014, as ações chocantes e cruéis do Estado Islâmico contra jornalistas, e principalmente após o atendado a redação do jornal satírico Charlie Hebdo em Paris.

Os palestinos que habitam a região conhecida como faixa de gaza viveram sem sombra de dúvida os piores momentos das suas vidas em 2014. Este último conflito deixou 73 mortos israelenses sendo 67 soldados, segundo publicação no site da IstoÉ Dinheiro, enquanto o numero de baixas em Gaza foram mais de duas mil. Sem nenhum tipo de justificação entre aqueles que de maneira infeliz perderam suas vidas, o que certamente causou bastante espanto é o fato de serem números visivelmente desproporcionais, até mesmo para uma guerra.

Traçando um breve histórico dos conflitos árabes-israelenses poderíamos afirmar que Os conflitos tiveram início no ano de 1948, quando o Estado de Israel foi criado oficialmente. Todavia é válido lembrar que mesmo antes do século XX muitos judeus já se organizavam para habitar o território da Palestina, visto as perseguições czaristas na Rússia a esse povo e o notável crescimento do movimento sionista. Portanto é bastante comum encontrar explicações sobre estes conflitos que envolviam basicamente questões territoriais e não religiosas, muito antes do Estado de Israel ter sido criado. O fato é que, mesmo considerando as variações estatísticas de diversas fontes, os judeus ficaram com a maior parte do território. Isto despertou uma grande fúria por parte daqueles que perderam suas terras bem como de alguns países aliados.

Foram então ao longo de anos se sucedendo diversas guerras entre os árabes e israelenses, que factualmente proporcionaram a Israel conquistarem cada vez mais parte do território palestino. O Estado de Israel costuma alegar que esta postura é necessária visto que os palestinos jamais aceitaram a criação do seu país. Diversas medidas então podem ser justificadas, como por exemplo, a construção do muro da Cisjordânia, considerado pelo Tribunal de Haia (ONU) como uma violação ao Direito Internacional e ferindo os princípios do Acordo de Genebra. O Estado de Israel argumenta que sua construção visa à segurança nacional do seu território e do povo judeu. Por outro lado, os palestinos alegam que nada pode justificar que o pouco território que havia sobrado seja constantemente “engolido” pelos israelenses, deixando seu povo marginalizado e como costumam dizer presos dentro da sua própria casa. Opiniões a parte, é visível que estes discursos são apresentados por ambos os lados, porém não existem alterações significas na vida dos palestinos e muito menos soluções concretas que venham a assegurar a paz em Israel. Essas questões seguem em situação de embate. Empreendimentos igualmente críticos e pauta de longos debates dizem respeito aos assentamentos israelenses nos territórios palestinos.

Ainda sobre o Oriente Médio podemos destacar a ação de grupos extremistas e mais precisamente o Estado Islâmico, que a mais de um ano vem sendo noticiado por conta de suas ações barbaras e cruéis. Nascidos de dentro de outro grupo Terrorista, o Al Qaeda, hoje os membros do Estado Islâmico (EI ou ISIS) se desvincularam da organização que os deu origem e tem como proposta principal a construção de um califado. A internet nos mostra o quanto estes extremistas ignoram quaisquer princípios básicos de consideração ao próximo, não havendo limites para sua crueldade com aqueles que se posicionam de forma contraria ou simplesmente representam valores diferentes dos seus. Seus vídeos chocaram o mundo, onde nota-se que os próprios integrantes do EI fazem questão de plateia, apontando o “Ocidente” como os verdadeiros responsáveis pelo destino de seus reféns.

 É interessante mencionar a relação dos membros do EI com a Guerra Civil na Síria. O país é governado pelo Ditador Bashar Al Assad, inimigo comum dos extremistas e do governo Norte Americano. Este triangulo desforme, dificulta as ações humanitárias no que se refere a vida da população síria, bem como ações militares dos EUA, que temem por favorecer o EI, caso Al Assad seja derrubado. Em quatro anos de confronto, já são mais de 200 mil mortos, segundo o internacionalista Cláudio Soares. A síria assume papel de destaque quanto ao numero de refugiados, que cresce a cada dia. Países como a Turquia, por exemplo, são importantes porta de entrada para os sírios que buscam fugir dos massacres.

Por conta do desespero e poucas possibilidades de escolhas essas pessoas se sujeitam a condições degradantes de vida para sobreviverem fora da sua terra natal. Qualquer situação parece ser melhor que os horrores e as angustias provocadas pela Guerra. Até quando?