Estudo comparativo sobre o Nazi-Fascismo
Para se compreender o tema do estudo proposto é necessário situar estes movimentos dentro dos seus respectivos contextos históricos.
Em um período pós-primeira guerra, onde uma grave crise acarretava praticamente o mundo todo, surgiram movimentos baseados na ideia de salvação da pátria. Acreditavam que a única maneira de enfrentar os grandes problemas sociais seria um estado totalitário que governaria acima dos interesses de classes.
A Europa do final do século XIX vivia notoriamente uma significativa expansão econômica. Até mesmo as classes trabalhadoras puderam se beneficiar neste momento. Porém, passada a Grande Guerra, vieram as condições miseráveis de vida e horror da carnificina provocada pelo conflito de amplitude global, sendo a situação potencializada pela chamada crise de 29.
Adolf Hitler seria um homem que saberia aproveitar-se do ressentimento derrotista alemão para se afirmar como líder de um novo Império, organizado e capaz de vingar todas as absurdidades impostas ao povo germânico. Desde que se tornou primeiro ministro já dava sinais de sua megalomania. Posteriormente este se torna o Führer. Dotado de um imenso poder de persuasão, seduzia as massas com sua oratória contagiante.
Mussolini por sua vez foi líder do movimento fascista italiano. Como Hitler, soube aproveitar-se das circunstancias da época para promover seus ideais, fortalecendo assim sua organização. Em 1922 foi realizada a Marcha sobre Roma, mesmo ano em que Benito assume o poder.
Tanto os fascistas quanto os nazista tiveram um comportamento comum no que diz respeito a sua tomada de poder: Aproveitaram-se do pavor que havia envolvido a burguesia mediante a ameaça comunista. A solução seria então um golpe antidemocrático para que somente por meio deste a esquerda fosse impedida de chegar ao poder.
Ambos os movimentos compartilhavam de uma visão antiliberal, alegando que a democracia atrapalha o bom governante, pois são abertas as possibilidades de mentiras e enganações que visam derrubar os líderes tão empenhados em fazer o melhor para o seu povo. Também compartilham da visão totalitarista, usando das forças militares para a manutenção de um poder que é dito como acima dos interesses individuais. Pode-se ainda dizer que havia uma espécie de ojeriza ao pensamento crítico, onde os subordinados deveriam obedecer ao líder sem hesitações.
O ponto de divergência entre o nazismo e o fascismo se configura na observação de Hitler sobre a superioridade de uma suposta raça, ariana, cabendo a estes exterminar da face da terra todos aqueles que se diferenciavam deste “padrão étnico”. Hitler então, foca todo o seu ódio em cima do povo judeu. Quanto ao povo citado, mesmo dentro da argumentação do líder nazista não se encontra nexo em suas ideias que expliquem concretamente o seu ódio à tradição e religião judaica. Especulações a parte, sabe-se que foram “bodes expiatórios”. O mundo então jamais seria o mesmo.